Fragmentos, contos, poemas, pensamentos e desabafos.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Pobre(s) de mim

Há duas de mim
Uma insiste que é feliz
A outra jura que quer morrer
Esta que é feliz, tem certeza do nosso amor
Diz que tu me ama e que a certeza do nosso fracasso, é invenção
Ela me perdoa por todos os erros e falhas estúpidas que já cometi
Me absolve de cada mentira que te contei, fingindo ser mais forte do que sou
Me dá colo e me conforta
A outra, já não me é tão benevolente
Me fala que o amor que tu sentes por mim, é ficção da minha cabeça
Me conta em pormenores os motivos que tens para não me amar
Me repete cada palavra fria que um dia já me dissestes
Me prova por A+B que nosso futuro é impossível
Não me perdoa os erros, tão pouco me deixa perdoar os teus
Bem baixinho as duas repetem em tom zombeteiro: Há duas de mim
Há várias de mim